Fotos : Luzinete Bispo |
Os empreendedores
tocantinenses contabilizaram um volume de negócios, no atacado, no valor de R$ 5
milhões em vendas futuras, fora as vendas diretas no varejo, durante as duas
rodadas de negócios da Fecoarte - Feira do Folclore, Comidas Típicas e
Artesanato do Tocantins - valor além das expectativas.
Segundo o Sebrae, parceiro da
Secretaria da Cultura - Secult no evento, o grande diferencial para as empresas
compradoras foi a qualidade do artesanato. Outro fator que teria também
impressionado foi a inclusão do artesanato indígena na mostra. “Isso vem mostrar
que o Governo do Estado está no caminho certo, apostando nas parcerias para
promover a qualificação dos artesãos, transformando-os em empreendedores.
Estamos alcançando nosso objetivo, que é transformar o talento dos nossos
produtores de artesanato em renda, incluindo-os na Economia Criativa e
melhorando sua qualidade de vida”, afirma a secretária da Cultura, Kátia Rocha.
Fotos:Luzinete Bispo |
Joias de Natividade
As Joias Artesanais de
Natividade tem como design de ourivesaria a influência portuguesa com técnica
da filigrana. É uma atividade presente na história em Natividade, que é
conhecida como a cidade do ouro no Estado do Tocantins, e por meio do uso de joias
artesanais por sua população. A demanda por peças cresceu bastante nos últimos anos
e existe um mercado a ser explorado. No Portal Veios da Terra além das joias em ouro e prata de ourives do município de Natividade, também estiveram expostos artesanatos do vale do Cristal tocantinense e cerâmicas de olarias genuínas do estado.
Fotos: Luzinete Bispo |
Um desfile de moda lançou o
catálogo “Palmas para o Tocantins”, que é um mostruário de acessórios feitos a
partir de matéria prima totalmente natural como capim dourado, babaçu e fibras,
com coloração de açafrão, jenipapo e urucum. Materiais utilizados por artesãs
das regiões do Jalapão e do Bico do Papagaio integrantes do projeto Trabalho,
artesanato, turismo e autonomia das mulheres, fruto de convênio entre a
Fundação Cultural e a Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres do MinC
(Ministério da Cultura).
Dividido em blocos, o desfile
apresentou 120 peças em babaçu, capim dourado, palha de buriti, tecelagem,
rendas, cerâmica e joias em ouro e prata, além de vestuário e acessórios para
casa.
Fotos: Adilvan Nogueira |
Boneca Ritxôko
Feitas exclusivamente pelas
mulheres indígenas Karajá (o povo Karajá se autodenominam Iny (lê-se Inã), a
boneca Ritxoko, é confeccionada em cerâmica e recebe tinta de sementes de
urucum (Bixa orellana), planta originária da região amazônica, e tinta do jenipapo (preta),
que em tupi-guarani, quer dizer "fruto que mancha, ou fruto que serve para
pintar". Os indígenas usam a tinta do jenipapo também para pintar o corpo
durante as celebrações culturais. Dizem que a tinta do jenipapo protege também
contra insetos. No início de 2012, a forma de fazer a Ritxoko recebeu
Certificado do Instituto do Patrimônio Histórico, Artístico Nacional (IPHAN),
tornando-a patrimônio cultural do Brasil. O Povo Iny vive na Ilha do Bananal,
no Estado do Tocantins e são chamados Karajá e Karajá Xambioá(os indígenas que
vivem no município de mesmo nome no norte do Tocantins). A diferenciação é
apenas geográfica, são mesmo povo Iny.
Fotos: Luzinete Bispo |
Culinária
A culinária regional do
Tocantins foi uma atração à parte na 10ª Fecoarte. Um verdadeiro festival de
cores e sabores que aguçou os sentidos dos milhares de visitantes que passaram
pela feira no Centro de Convenções do Parque do Povo nos seis dias do evento.
Paçoca de carne seca, caldos, bolos e biscoitos se transformaram em desafio aos
adeptos das dietas e um convite ao prazer.
Nomes já conhecidos como “amor
perfeito”, o biscoito feito também em outros lugares, mas sendo mais conhecido
o de dona Naninha, de Natividade, e que já tem embalagem padronizada, se
misturavam a outros também tradicionais, como os de Monte do Carmo: trovão,
bolo de mãe, bolo de arroz, mangulão, cacete, bolo de puba, peta, quebrador e
grolado, desafiaram paladares e, depois de uma boa degustação, se tornava quase
impossível não levar ao menos um pacotinho para casa. E ainda havia os licores
de caju e genipapo e uma infinidade de doces e compotas e cachaças artesanais,
além do yakisoba, uma espécie de confirmação de que a colônia japonesa já é
tocantinense.
Foto: Adilvan Nogueira |
Show
Um grande show musical de
artistas regionais precedido por apresentações indígenas e de bonecos gigantes
fechou a programação do Circuito de Eventos Tradicionais do Tocantins em Palmas
neste domingo, 12. Foram seis dias em que um público de cerca de 20 mil pessoas
teve a oportunidade de apreciar a arte genuinamente tocantinense, com apresentações
de bandas, cantores e compositores dos mais variados estilos, canto e dança
indígenas, catira, suça e jiquitaia, congada e roda folia do Divino, num
mosaico que demonstra a diversidade cultural do Estado.(Com textos das Ascom's do Sebrae e Secult)
Foto: Adilvan Nogueira |