Boneca Karajá (Ritxoko) foi registrada como Patrimônio Cultural do Brasil pelo Instituto de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). |
Com o intuito de divulgar e
disponibilizar aos visitantes do Estado a riqueza cultural da etnia Karajá,
registrada como patrimônio cultural brasileiro, a Secretaria de Estado da
Cultura, por meio da coordenação de artes visuais, disponibilizou uma exposição
permanente da Boneca Ritxoko com 90 peças no mezanino do prédio da pasta.
Para a secretária da cultura,
Kátia Rocha, esta é uma das ações que visa promover o acesso das bonecas e da
cultura Karajá à sociedade e a todos que visitam o Tocantins. “Tomamos o
compromisso de propagar este reconhecimento que perpetua os saberes tradicionais
do povo indígena Karajá, justamente com o objetivo de valorizar a riqueza e
diversidade cultural do nosso Estado”, ressalta a secretária.
Segundo o coordenador de artes
visuais da Secult, Antônio Netto, a exposição da Boneca Ritxoko, produzidas
pela etnia Karajá, na Ilha do Bananal, preserva a cosmologia Karajá retratando
a estrutura familiar, lendas, mitos e o cotidiano nas aldeias. “Ela respeita
todo o ciclo vital do povo Karajá, do nascimento aos rituais de passagem à cena
de morte”, explica Netto.
A boneca Karajá (Ritxoko) é
inconfundível pela concepção estética de modelagem e pintura próprias do povo
Karajá. Com base no estudo da Ritxoko, a partir de seus processos de produção
material e simbólica, ela foi registrada como Patrimônio Cultural do Brasil
pelo Instituto de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) no dia 25
de janeiro de 2012, em Brasília.(Texto: Jarlene Sousa e fotos de Adilvan Nogueira)